Cozinhas Solidárias

As ações realizadas no Brasil acerca da pauta da alimentação, nutrição, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, por algum tempo, colocaram o país em destaque no que tange o combate à fome e à miséria. 

Entretanto, com o advento da pandemia por Covid-19 e considerando a forma como o Estado se posicionou no seu enfrentamento, as ações sociais de solidariedade se colocaram nesse contexto como uma ferramenta fundamental e necessária para mitigação dos imensos problemas enfrentados pela população em situação de vulnerabilidade, como a falta de moradia, o desemprego, a insegurança alimentar e nutricional e a fome.

 
Assim, o projeto Cozinhas Solidárias: uma vivência social para promoção da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional se apresenta a partir do coletivo MultiplicaSSAN com o objetivo de analisar as Cozinhas Solidárias (CS) do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) como uma estratégia para o enfrentamento da fome e da Insegurança Alimentar e Nutricional. O estudo está sendo realizado na Cozinha Solidária do Sol Nascente, na região administrativa de Ceilândia, Distrito Federal, que abriga a maior favela horizontal do país – Sol Nascente e Pôr do Sol. Nessas duas comunidades vivem cerca de 70 mil pessoas. 

A Cozinha Solidária do Sol Nascente é um equipamento social, coordenado pelo MTST, financiado por doações da sociedade civil e parceiros que, há quase um ano e meio serve almoço gratuito para a comunidade, nos cinco dias da semana. A Cozinha Solidária serve cerca 120 refeições diárias, incluindo adultos e crianças e a grande maioria dessa população é usuária frequente do espaço. Esta cozinha é uma das 31 cozinhas que hoje existem por todo o país.

O grupo espera ao final desse trabalho apresentar à sociedade e comunidade científica o perfil dos usuários que se utilizam desse equipamento e ainda, o significado deste na vida desses usuários.